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A Caramuru Alimentos encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 174,2 milhões, resultado 73,7% acima do lucro obtido no mesmo período de 2024. O desempenho foi favorecido por um resultado financeiro líquido positivo de R$ 65,9 milhões, ante um resultado negativo de R$ 202,2 milhões no mesmo intervalo do ano anterior, decorrente de ganhos com variação cambial.

A receita líquida teve redução de 2,5% no trimestre, para R$ 1,99 bilhão. A queda foi causada pela queda de 25,9% no volume vendido de commodities, e de 8% no segmento de commodities diferenciadas. A empresa destacou o desempenho da soja em grãos, que recuou 51,5% em volume de vendas. O segmento de commodities também foi afetado pela redução de 4,2% nos preços médios de venda.

O impacto negativo foi parcialmente compensado pelo aumento de receita com biocombustíveis, com aumento de 13% nos preços de venda, e pelo segmento de produtos de consumo, que cresceu 58,7% em volume.

No trimestre, a companhia originou 386,1 mil toneladas de soja, queda de 36,5%. A originação de milho recuou 98,4% no trimestre, para 3,9 mil toneladas. Já no caso do girassol, houve avanço de 21,2%, para 27,8 mil toneladas. O volume total de vendas teve queda de 9,6% no trimestre.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 261,0 milhões, o que representou um aumento de 51,6%. O Ebitda ajustado elimina os efeitos de receita líquida com variação cambial e da equivalência patrimonial das joint ventures no Terminal XXXIX de Santos e no TSS-Terminal de São Simão.

A dívida líquida da companhia teve aumento de 30,5%, para R$ 2,49 bilhões. Apesar do aumento da dívida líquida, o nível de alavancagem da companhia se reduziu, com a dívida líquida ficando em 3,46 vezes o Ebitda, contra 5,58 vezes um ano antes.

Resultado semestral

No primeiro semestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 289,9 milhões, resultado 492,9% superior ao registrado nos primeiros seis meses de 2024. O Ebitda no semestre avançou 243,2%, para R$ 425,0 milhões.

O desempenho no semestre foi impulsionado pela desvalorização do real em relação ao dólar, resultando em um impacto positivo de R$ 449 milhões na receita bruta. O aumento de 14,9% no preço médio de venda também contribuiu para elevar a receita em R$ 50 milhões, enquanto a queda de 0,1% no volume vendido reduziu em R$ 3 milhõies a receita bruta no período, que alcançou R$ 3,85 bilhões.

A receita líquida no semestre avançou 14,9%, para R$ 3,76 bilhões. O volume de vendas ficou em 1,2 milhão de toneladas, praticamente estável em relação ao primeiro semestre de 2024.

Cibelle Bouças – Globo Rural

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